terça-feira, 27 de setembro de 2011

José Hygino Duarte Pereira

Nascido em Recife no dia 22 de janeiro de 1847, o advogado, professor, deputado, senador, secretário da província de Pernambuco, membro da Academia Pernambucana de Letras e ministro José Hygino foi o primeiro pesquisador pernambucano a utilizar os extensos arquivos dos Estados Gerais e da Cia. das Índias Ocidentais na Holanda onde obteve copias e traduziu centenas de documentos sobre o período do Brasil holandês, como delegado do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano.

Morreu em 11 de dezembro de 1901 quando exercia o cargo de Delegado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário na 2ª Conferencia Pan-americana na cidade do México.

O trabalho de José Hygino transformou-se numa coleção com 32 volumes e 11.500 páginas manuscritas em língua holandesa, hoje depositada no IAGP. O projeto Monummenta Hyginia da UFPE em parceria com a Embaixada dos Países Baixos e o Governo de Pernambuco tem por objetivo digitalizar a obra de Hygino e proporcionar o livre acesso a esta coleção.

sábado, 3 de setembro de 2011

O Forte do Brum

Está localizado junto ao porto do Recife na direção norte e teve sua construção iniciada pelos portugueses em outubro de 1629, sob a responsabilidade do engenheiro militar Diogo Paes, onde havia uma antiga trincheira. Seu objetivo era a proteção da barra de entrada do porto.

Com a invasão das tropas holandesas em Olinda e depois Recife, foi tomado em fevereiro de 1630 ainda em obras. Em maio daquele ano as obras da estacada dupla de madeira preenchida com areia foram re-iniciadas pelos engenheiros Tobias Commersteyn, Andréas Drewich e Pieter van Bueren, tendo sido denominado Forte Bruyne em homenagem ao conselheiro Johan Bruyne.

Em 1654 a Inssureição Pernambucana retomou o forte que foi batizado de Forte de São João Batista.

Foi palco de diversos episódios na Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador (1824) e Revolução Praieira (1848).

Durante a 1ª Guerra Mundial foi utilizado pela 2ª Bateria do 4º Batalhão de Posição. Permaneceu abandonado durante bom tempo, abrigando famílias de baixa renda, até 1938 quando foi tombado pelo IPHAN. Serviu como depósito da 7ª Região Militar e como posto de alistamento militar.

Atualmente administrado pelo Exército Brasileiro, sofreu pesquisa arqueológica em 1985 pelo Laboratório de Arqueologia da UFPE, em colaboração com o Comando Militar do Nordeste, a 7ª RM e a Fundação Joaquim Nabuco, encontrando-se restaurado e aberto ao público, onde funciona o Museu Militar do Forte do Brum, que exibe armamento e peças arqueológicas.