sábado, 23 de agosto de 2014

Construindo o Brasil

Desde o inicio da colonização do Brasil as principais construções executadas pelos portugueses eram de caráter religioso (capelas, igrejas e conventos) e aquelas que visavam a defesa dos núcleos mercantis e de povoamento, como paliçadas, redutos e fortes.

Antes mesmo da fixação dos lusitanos no território descoberto, a preocupação preliminar era o levantamento e descrição das terras e mares através de desenhos e mapas do litoral e das primeiras povoações. Além dos portugueses, franceses, espanhóis, holandeses e ingleses já haviam visitado e mostrado as costas brasileiras em vários documentos.

A cartografia portuguesa dos séculos XVI e XVII é representada por Luis Teixeira e João Teixeira Albernaz (“O Velho” e “O Novo”) com alguns mapas onde aparecem Olinda, Recife, Cabo de Santo Agostinho e Baia de Todos os Santos. Dentre os engenheiros portugueses são conhecidos: Braz da Mata, de Lisboa, que ergueu a abóbada da Matriz de Olinda, Manuel Gonsalves, que fez o traçado de igrejas e conventos em Recife e Ipojuca, Francisco de Frias da Mesquita, engenheiro-mor do Brasil e responsável pela construção do Forte dos Reis Magos, Natal, e o florentino Baccio da Filicaia, que atuou como engenheiro militar e capitão de artilharia em Salvador.

Ao invadirem o Brasil, os holandeses usaram engenheiros portugueses em suas obras como Cristovão Álvares, responsável por obras no Castelo do Mar em Recife, baluartes na paliçada e torre da Matriz em Olinda e no Castelo Keulen (Reis Magos) em Natal.

Após a expulsão dos holandeses em 1654, a maioria dos prédios levantados pelos invasores foi destruído ou descaracterizado para que não houvesse lembrança da passagem dos neerlandeses no Brasil. O Forte de Cinco Pontas, assim conhecido até hoje, foi reformado, e de pentágono passou a quadrilátero. 

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